17/08/11 16:11
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, e o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, disponibilizaram nesta terça-feira (16) as primeiras duas mil bolsas de estudos da modalidade sanduíche para graduação no exterior, do Programa Ciências sem Fronteiras (CsF).
O valor das bolsas é de US$ 870 (mais benefícios) para as universidades nos Estados Unidos e de 870 euros (mais benefícios) para as instituições na Europa. Para alcançar a meta de 35 mil bolsas até 2014, a cada seis meses o CNPq fará uma nova adição de bolsas.
Oliva afirmou que a primeira cota se destina às mais de 250 Universidades e Institutos Federais de Educação Tecnológica que participam dos programas Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti), todas receberão ao menos uma bolsa.
As instituições farão a seleção dos candidatos observando os critérios estabelecidos pelo CsF como, por exemplo, experiência em atividades de iniciação científica, desempenho acadêmico destacado, suficiência em inglês ou no idioma do país de destino, ter se destacado em olimpíadas científicas. Também está a cargo delas o contato e as negociações com as universidades estrangeiras, previamente selecionadas pelo Programa.
O presidente destacou a importância do CsF para o Brasil. Estamos dando o chute inicial neste Programa pensado pela presidenta Dilma. É a oportunidade de expor os nossos estudantes a um ambiente onde a Inovação já é o padrão. A intenção é que isso seja uma grande semente para promover o avanço que o país precisa. O primeiro desafio era garantir os recursos e isso já foi conseguido. O segundo é conosco, identificar os melhores talentos para estudarem no exterior, pontuou.
Além de estar dentro do corte de 600 pontos do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o candidato deve ter cursado mais de 40% e menos de 80% do curso, em uma das áreas de interesse do CsF: Engenharia e demais áreas tecnológicas; Ciências Exatas e da Terra; Biologia; Ciências Biomédicas e da Saúde; Computação e Tecnologia da Informação; Tecnologia Aeroespacial; Fármacos; Produção Agrícola Sustentável; Petróleo, Gás e Carvão Mineral; Energias Renováveis; Tecnologia Mineral; Tecnologia Nuclear; Biotecnologia; Nanotecnologia e Novos Materiais; Tecnologia de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais; Tecnologia de Transição para a Economia Verde; Biodiversidade e Bioprospecção; Ciências do Mar; Indústria Criativa; Novas Tecnologias e Engenharia Construtiva, e Formação de Tecnólogos.
Ministro
Com a frase característica: Os melhores estudantes do Brasil, nas melhores universidades do mundo, o ministro Mercadante lembrou que o critério de seleção é o mérito, tanto do estudante, quanto da universidade e que o governo fará um investimento de R$ 3,2 bilhões ao longo dos quatro anos de duração do Programa, um investimento necessário para dar o salto de qualidade que o país precisa.
Ele lembrou que o Brasil é a sétima economia do mundo, o 13º em produção científica, mas apenas o 47º em Inovação, dados que motivaram a criação do CsF. O setor privado brasileiro precisa inovar mais, dois terços das patentes nacionais são financiadas pelo Estado. Isso é o oposto do que ocorre nos países desenvolvidos, pontuou. Mercadante também lembrou que existe a expectativa de que o setor privado custeie outras 25 mil bolsas.
Ciências sem Fronteiras
O objetivo desse Programa é a formação de recursos humanos altamente qualificados nas melhores universidades e instituições de pesquisas estrangeiras, com vistas a promover a internacionalização da ciência e tecnologia nacional, estimular pesquisas que gerem inovação e, consequentemente, aumentar a competitividade das empresas brasileiras. Esse objetivo será concretizado por meio da expansão significativa do intercâmbio e da mobilidade de graduandos, pós-graduados, pesquisadores e docentes brasileiros no exterior.
Visa também contribuir para o processo de internacionalização das instituições de Ensino Superior e dos centros de pesquisa nacionais, propiciando maior visibilidade da pesquisa acadêmica e científica que é feita no país, por meio da colaboração e do estabelecimento de projetos de pesquisa conjuntos instituições e parceiros estrangeiros.