Bom Dia Amigos!!!
Bom dia!.....
Quantas pessoas respondem a um BOM DIA nos dias de hoje?
De dez, talvez uma, duas ou quem sabe três, talvez todos respondam ao BOM DIA, mas não por vontade e sim por que quem desejou o BOM DIA olhe diretamente para aquela pessoa e ela se sinta obrigada a responder!
Porque será que hoje em dia é tão dificil para as pessoas retribuirem a um BOM DIA ou mesmo desejar um BOM DIA com o coração e não com a obrigação!
Tenho observado muito isso onde trabalho, as pessoas respondem um BOM DIA tímido, a maioria nem responde, alguns até se sentem incomodado quanto eu entro na sala e desejo BOM DIA!
Que sentimento estranho há dentro das pessoas do século 21 que as faz pensar que é careta desejar BOM DIA?
Que falta de sentimento essas pessoas tem, que, quando retribuem a um BOM DIA o fazem por obrigação e não porque desejam um BOM DIA a outra pessoa de fato?
É estranho essa falta de desejar coisas boas às pessoas!!!
É mais fácil alguém reclamar da vida, desejar o mal, falar mal, criticar o outro, do que desejar um sonoro BOM DIA com o coração!
Me lembro que quando eu fui professora de crianças entre 3 a 5 anos meus dias eram mais felizes quando eu chegava na escola e dizia BOM DIA classe e aquelas crianças pequenas, ainda em formação me retribuiam com um sonoro BOM DIA PROFESSORA! e sorriam com o sorriso mais lindo que podiam me dar.
E se vocês pudessem ver como meu dia era tão maravilhoso por conta daqueles BOM DIA PROFESSORA!
É lamentável que hoje as pessoas transformaram seus corações em pedaços de gelo, incapazes de desejar algo verdadeiramente bom para outras pessoas.
Amigos do fundo do meu coração e quem me conhece sabe que falo com o coração:
BOM DIA a todos e vamos praticar o desejo de que todos tenhamos um BOM DIA, uma BOA TARDE e uma BOA NOITE!
Pense nisso e pense com bons pensamentos.
A ciência ja comprova que quando pensamos de forma positiva atraimos coisas positivas!
BOM DIA!
Este blog trás um pouco do que é a Inovação, o que ela representa, acontecimentos, eventos importantes, artigos e tudo mais que possa ser disponibilizado para os internautas.
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Prêmio FINEP de Inovação 2009
Região Norte conhece vencedores do Prêmio FINEP 2009
Maria Aparecida Conde, da Oxigênio da Amazônia, 1º lugar Pequena Empresa, recebe troféu da chefe do Gabinete da Presidência da FINEP, Maria Aperecida Neves
No dia 19 de novembro, em Palmas (TO), foram conhecidos os vencedores do Prêmio FINEP de Inovação 2009 na região Norte. Dos cinco primeiros colocados, quatro são do Amazonas e um de Rondônia: Embrapa Amazônia Ocidental (AM) – Instituição de Ciência e Tecnologia; Universidade do Estado do Amazonas (AM) – Tecnologia Social; Indústria e Comércio de Oxigênio da Amazônia (RO) – Pequena Empresa; OrbiSat da Amazônia (AM) – Média Empresa; e Job Cruz de Pinho (AM) – Inventor Inovador. Os primeiros colocados de cada categoria nas etapas regionais disputarão o Prêmio Nacional, que será entregue no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 8 de dezembro. A próxima premiação regional será na região Sul, no dia 23/11, em Florianópolis (SC).
"Temos que inovar todo dia. Só assim faremos diferença no cenário do desenvolvimento mundial".
A afirmação é de João Telmo Valduga, secretário da Indústria e Comércio de Tocantins, representando o governador do estado, Carlos Henrique Gaguim, na cerimônia de entrega dos troféus. O evento, no Palácio Araguaia, contou com a presença de diversas autoridades, como a gerente executiva do IEL, Lisani Soares Ferreira, a secretária de Ciência e Tecnologia do estado, Maria Fernanda Varanda Carneiro, e a chefe do Gabinete da Presidência da FINEP, Maria Aparecida Neves, que representou o presidente da Financiadora, Luis Fernandes.
"Inovação é o elemento central do desenvolvimento e a ideia do Prêmio FINEP é ser um mobilizador para todas as regiões do País, contemplando suas especificidades", afirmou Maria Aparecida. No final da premiação, os convidados assistiram à apresentação do grupo Sátira in Concert, com números de música e humor.
O Prêmio FINEP tem seis categorias: Micro/Pequena Empresa, Média Empresa, Grande Empresa (esta só em nível nacional), Instituição de Ciência e Tecnologia, Tecnologia Social e Inventor Inovador (apenas para candidatos com patente depositada no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial e efetiva comercialização de suas criações nos últimos três anos).
Os primeiros colocados nas etapas regionais e nacional dividirão R$ 29 milhões em financiamentos pré-aprovados pela FINEP. Desse total, R$ 9 milhões serão de recursos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos) e até R$ 20 milhões em recursos reembolsáveis.
Norte recebeu R$ 400 milhões da FINEP
Nos últimos oito anos, a FINEP investiu cerca de R$ 400 milhões na região Norte. Foram 385 projetos apoiados, entre financiamentos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos), incluindo a subvenção econômica, e operações de crédito, com juros subsidiados. Os maiores aportes foram para pesquisas realizadas por fundações, instituições de ciência e tecnologia e universidades, contempladas com 84% dos recursos.
Veja como ficou o resultado final da região Norte:
Instituição de Ciência e Tecnologia
1° - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Amazônia Ocidental (AM)
2° - Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Paulo dos Anjos Feitoza (AM)
3° - Centro de Pesquisa Agroflorestal do Acre – Embrapa Acre – (AC)
Tecnologia Social
1° - Universidade do Estado do Amazonas (AM)
2° - Centro de Estudos Superiores de Tefé da Universidade do Estado do Amazonas (AM)
3° - Universidade Federal do Pará (PA)
Pequena Empresa
1° - Indústria e Comércio de Oxigênio da Amazônia (RO)
2° - PPV Informática Ltda (PA)
3° - FabriQ Informática (AM)
Média Empresa *
ORBISAT da Amazônia (AM)
Inventor Inovador *
Job Cruz de Pinho (AM)
* Na região Norte, este ano, foi selecionado apenas um finalista nas categorias Média Empresa e Inventor Inovador.
Maria Aparecida Conde, da Oxigênio da Amazônia, 1º lugar Pequena Empresa, recebe troféu da chefe do Gabinete da Presidência da FINEP, Maria Aperecida Neves
No dia 19 de novembro, em Palmas (TO), foram conhecidos os vencedores do Prêmio FINEP de Inovação 2009 na região Norte. Dos cinco primeiros colocados, quatro são do Amazonas e um de Rondônia: Embrapa Amazônia Ocidental (AM) – Instituição de Ciência e Tecnologia; Universidade do Estado do Amazonas (AM) – Tecnologia Social; Indústria e Comércio de Oxigênio da Amazônia (RO) – Pequena Empresa; OrbiSat da Amazônia (AM) – Média Empresa; e Job Cruz de Pinho (AM) – Inventor Inovador. Os primeiros colocados de cada categoria nas etapas regionais disputarão o Prêmio Nacional, que será entregue no Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 8 de dezembro. A próxima premiação regional será na região Sul, no dia 23/11, em Florianópolis (SC).
"Temos que inovar todo dia. Só assim faremos diferença no cenário do desenvolvimento mundial".
A afirmação é de João Telmo Valduga, secretário da Indústria e Comércio de Tocantins, representando o governador do estado, Carlos Henrique Gaguim, na cerimônia de entrega dos troféus. O evento, no Palácio Araguaia, contou com a presença de diversas autoridades, como a gerente executiva do IEL, Lisani Soares Ferreira, a secretária de Ciência e Tecnologia do estado, Maria Fernanda Varanda Carneiro, e a chefe do Gabinete da Presidência da FINEP, Maria Aparecida Neves, que representou o presidente da Financiadora, Luis Fernandes.
"Inovação é o elemento central do desenvolvimento e a ideia do Prêmio FINEP é ser um mobilizador para todas as regiões do País, contemplando suas especificidades", afirmou Maria Aparecida. No final da premiação, os convidados assistiram à apresentação do grupo Sátira in Concert, com números de música e humor.
O Prêmio FINEP tem seis categorias: Micro/Pequena Empresa, Média Empresa, Grande Empresa (esta só em nível nacional), Instituição de Ciência e Tecnologia, Tecnologia Social e Inventor Inovador (apenas para candidatos com patente depositada no INPI – Instituto Nacional de Propriedade Industrial e efetiva comercialização de suas criações nos últimos três anos).
Os primeiros colocados nas etapas regionais e nacional dividirão R$ 29 milhões em financiamentos pré-aprovados pela FINEP. Desse total, R$ 9 milhões serão de recursos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos) e até R$ 20 milhões em recursos reembolsáveis.
Norte recebeu R$ 400 milhões da FINEP
Nos últimos oito anos, a FINEP investiu cerca de R$ 400 milhões na região Norte. Foram 385 projetos apoiados, entre financiamentos não reembolsáveis (que não precisam ser devolvidos), incluindo a subvenção econômica, e operações de crédito, com juros subsidiados. Os maiores aportes foram para pesquisas realizadas por fundações, instituições de ciência e tecnologia e universidades, contempladas com 84% dos recursos.
Veja como ficou o resultado final da região Norte:
Instituição de Ciência e Tecnologia
1° - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Amazônia Ocidental (AM)
2° - Fundação de Amparo à Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Paulo dos Anjos Feitoza (AM)
3° - Centro de Pesquisa Agroflorestal do Acre – Embrapa Acre – (AC)
Tecnologia Social
1° - Universidade do Estado do Amazonas (AM)
2° - Centro de Estudos Superiores de Tefé da Universidade do Estado do Amazonas (AM)
3° - Universidade Federal do Pará (PA)
Pequena Empresa
1° - Indústria e Comércio de Oxigênio da Amazônia (RO)
2° - PPV Informática Ltda (PA)
3° - FabriQ Informática (AM)
Média Empresa *
ORBISAT da Amazônia (AM)
Inventor Inovador *
Job Cruz de Pinho (AM)
* Na região Norte, este ano, foi selecionado apenas um finalista nas categorias Média Empresa e Inventor Inovador.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
I Encontro Franco-Brasileiro de Formação Profissional no Meio Amazônico
I Encontro Franco-Brasileiro de Formação Profissional no Meio Amazônico
Fui convidada pela Diretoria de Ciência e Tecnologia - DCT da SEDECT para participar como coordenadora de mesa do workshop "Formação de Micro Empresários", que aconteceu no I Encontro Franco-Brasileiro de Formação Profissional no Meio Amazônico. O evento foi articulado e coordenado pela Secretaria de Estado de Desevolvimento, Ciência e Tecnologia - SEDECT e pelo Le Groupement d'Intérêt Public Formation Continu et Insertion Professionnelle da Guiana Francesa.
Este evento teve o objetivo estabelecer um fórum de discussões para troca de experiências sobre as dificuldades e sucessos enfrentados pelo ensino profissional no Brasil e na Guiana Francesa.
No workshop que coordenei pude conhecer algumas estratégias usadas pela Guiana Francesa, através da Boutique de Gestion, que funciona como uma associação que dá todo suporte à empresários que tenham interesse em abrir uma pequena empresa. O suporte vai desde a orientação para que a pessoa descubra o perfil empreendedor que ela possui ate a criação da empresa e a colocação dos produtos/serviços no mercado. A Guiana Francesa, recebe aportes financeiros da União Européia para ajudar na capacitação desses empresários até que eles possam "desenvolver" suas empresas sozinhos.
A troca de conhecimentos entre o Brasil e a Guina Francesa é muito importante para que se possa firmar parcerias estratégicas a fim de beneficiar os dois países, mais siginificativamente os Estados do Pará, Amapá, além do Suriname, Guiana Holandesa e Guiana Francesa.
Aos amigos da DCT na pessoa do Prof. Leonardo, agradeço o convite!
Até breve com outras informações importantes do que acontece por aqui!
Fui convidada pela Diretoria de Ciência e Tecnologia - DCT da SEDECT para participar como coordenadora de mesa do workshop "Formação de Micro Empresários", que aconteceu no I Encontro Franco-Brasileiro de Formação Profissional no Meio Amazônico. O evento foi articulado e coordenado pela Secretaria de Estado de Desevolvimento, Ciência e Tecnologia - SEDECT e pelo Le Groupement d'Intérêt Public Formation Continu et Insertion Professionnelle da Guiana Francesa.
Este evento teve o objetivo estabelecer um fórum de discussões para troca de experiências sobre as dificuldades e sucessos enfrentados pelo ensino profissional no Brasil e na Guiana Francesa.
No workshop que coordenei pude conhecer algumas estratégias usadas pela Guiana Francesa, através da Boutique de Gestion, que funciona como uma associação que dá todo suporte à empresários que tenham interesse em abrir uma pequena empresa. O suporte vai desde a orientação para que a pessoa descubra o perfil empreendedor que ela possui ate a criação da empresa e a colocação dos produtos/serviços no mercado. A Guiana Francesa, recebe aportes financeiros da União Européia para ajudar na capacitação desses empresários até que eles possam "desenvolver" suas empresas sozinhos.
A troca de conhecimentos entre o Brasil e a Guina Francesa é muito importante para que se possa firmar parcerias estratégicas a fim de beneficiar os dois países, mais siginificativamente os Estados do Pará, Amapá, além do Suriname, Guiana Holandesa e Guiana Francesa.
Aos amigos da DCT na pessoa do Prof. Leonardo, agradeço o convite!
Até breve com outras informações importantes do que acontece por aqui!
Curso de Elaboração de Projetos - FINEP/B.BICE
12 de novembro
Curso de Elaboração de Projetos - FINEP / União Européia
Amigos,
Participei nos dias 09 e 10 de novembro, agora, do Curso de Elaboração de Projetos, promovido pela FINEP e pela B.Bice - Bureau Brasileiro para Ampliação da Cooperação Internacional com a União Européia. O curso foi voltado aos Editais da FINEP e a apresentar o B.Bice e todas as possibilidades de submeter projetos para obter recursos da União Européia, muito interessante por sinal mais essa forma de captação de recursos.
Para conhecer o B.Bice acessem: http://www.bbice.unb.br/
Vale a pena conhecer!!
O site da FINEP todos conhecem, mas não custa reforçar: www.finep.gov.br
Até breve!
Curso de Elaboração de Projetos - FINEP / União Européia
Amigos,
Participei nos dias 09 e 10 de novembro, agora, do Curso de Elaboração de Projetos, promovido pela FINEP e pela B.Bice - Bureau Brasileiro para Ampliação da Cooperação Internacional com a União Européia. O curso foi voltado aos Editais da FINEP e a apresentar o B.Bice e todas as possibilidades de submeter projetos para obter recursos da União Européia, muito interessante por sinal mais essa forma de captação de recursos.
Para conhecer o B.Bice acessem: http://www.bbice.unb.br/
Vale a pena conhecer!!
O site da FINEP todos conhecem, mas não custa reforçar: www.finep.gov.br
Até breve!
A Belém do "TU"
Tu ainda sabes falar assim??
Texto do Pasquale Cipro Neto
Estive em Belém, capital do Pará para proferir duas conferências. Tudo ótimo, do pessoal que organizou o evento as inúmeras pessoas que compareceram e assistiram as palestras. É claro que nessas ocasiões presto muita atenção no que ouço.
Nada de procurar erros, pelo amor de Deus! O que me fascina não é descobrir as particularidades da linguagem de cada comunidade, de cada grupo social.
E a linguagem dos paraenses - mais especificamente a dos belenenses - é particularmente interessante. 'Queres água?', perguntava educadamente uma das pessoas que participaram da equipe de apoio. O pronome 'tu', da segunda pessoa do singular, é comum na fala dos habitantes de Belém. Com um detalhe: o verbo conjugado de acordo com o que prega a gramática normativa, ou, se você preferir, exatamente como se verifica na linguagem oral em Portugal.
Em Lisboa e em Belém, é muito comum ouvir 'Foste lá?', Fizeste o que pedi?', 'Trouxeste o livro?', 'Queres água?', 'Sabes onde fica a rua?'. Inevitável lembrar uma canção de uma dupla da terra, Paulo André e Rui Barata ('Beira de mar, como um resto de sol no mar, como a brisa na preamar, tu te foste de mim'). 'Tu te foste', diz a letra, certamente escrita assim pelo letrista Rui Barata, exatamente como dizem as pessoas em Belém.. A cantora Fafá de Belém, equivocadamente, gravou 'fostes'. Uma pena! 'Fostes' serve para vós: 'vós fostes'.
O que se ouve em Belém - 'foste', 'fizeste', 'queres' - não é comum em qualquer região do país. Em boa parte do Brasil, é frequente o emprego do pronome 'tu' com o verbo conjugado na terceira pessoa: 'Tu fez?', 'Tu sempre faz isso?', 'Por que tu não estuda?', 'Tu comprou o remédio?'. Para a gramática normativa, isso está errado. Se o pronome é 'tu', o verbo deve ser conjugado na segunda pessoa do singular: 'fizeste, fazes, estudas, compraste', nas frases anteriores. Na linguagem oral, a mistura de pessoas gramaticais ('Você fez o que te pedi?' ou 'Tu falou', por exemplo) é tão comum no Brasil que é impossível não ficar surpreso quando se vai a Belém e se ouve a segunda pessoa do singular como se emprega em Portugal. Aliás , Belém tem forte e visível influência portuguesa, a começar pela bela arquitetura. Ainda segundo a gramática - e segundo o uso lusitano, vivíssimo - quando se usa 'tu', não se usa 'lhe'. E aí a roda pega, até em Belém, onde, apesar dos verbos e do sujeito na segunda pessoa, às vezes se ouve o pronome 'lhe': 'Foste lá? Eu lhe disse que devias ir'. Qual é o problema? O pronome 'lhe' se usa para 'você', 'senhor', 'senhora', 'Excelência', ou qualquer outro pronome de terceira pessoa. Na língua formal, 'tu' e 'lhe' não combinam..
Não custa repetir que todas essas observações tem como base a gramática normativa, que, na linguagem oral, ou seja, na fala, como se vê, não é aplicada integralmente em nenhum canto do Brasil. O que fazer? Nada de histeria. Nem tanto ao mar, nem tanto a terra.
Nada de imaginar que se deva exigir de todo brasileiro, na fala, o cumprimento irrestrito das normas lusitanas de uniformidade de tratamento. E nada de achar que não se deve ensinar isso nas escolas, que não se deve tocar no assunto. Afinal, a uniformidade de tratamento está nos clássicos brasileiros e portugueses, está na língua viva, oral de Portugal e de outros países de língua portuguesa.
Está até na poesia brasileira deste século. E também na música popular da Bossa Nova ('Apelo', de Baden e Vinicius, por exemplo: 'Meu amor, não va¡s embora, vê a vida como chora, vê que triste esta canção; eu te peço: não te ausentes, pois a dor que agora sentes...') a Chico Buarque ('Acho que estás te fazendo de tonta, te dei meus olhos pra tomares conta, me conta agora como hei de partir' versos de 'Eu Te Amo', música de Tom Jobim e letra de Chico Buarque).
Não custa repetir: na língua culta, formal, é desejável a uniformidade de tratamento. Quando se usa tu, usam-se os pronomes te, ti, contigo, teu.
Quando se usa você, senhor, Excelência, usam-se os pronomes o, a, lhe, seu. E também não custa pesquisar um pouco, ler os clássicos e os modernos. Ou fazer uma bela viagem a Belém e lá tomar o tacacá. E ouvir algo como 'Fizeste o trabalho?'.
Um beijo, Belém. Um forte abraço.
Nada de procurar erros, pelo amor de Deus! O que me fascina não é descobrir as particularidades da linguagem de cada comunidade, de cada grupo social.
E a linguagem dos paraenses - mais especificamente a dos belenenses - é particularmente interessante. 'Queres água?', perguntava educadamente uma das pessoas que participaram da equipe de apoio. O pronome 'tu', da segunda pessoa do singular, é comum na fala dos habitantes de Belém. Com um detalhe: o verbo conjugado de acordo com o que prega a gramática normativa, ou, se você preferir, exatamente como se verifica na linguagem oral em Portugal.
Em Lisboa e em Belém, é muito comum ouvir 'Foste lá?', Fizeste o que pedi?', 'Trouxeste o livro?', 'Queres água?', 'Sabes onde fica a rua?'. Inevitável lembrar uma canção de uma dupla da terra, Paulo André e Rui Barata ('Beira de mar, como um resto de sol no mar, como a brisa na preamar, tu te foste de mim'). 'Tu te foste', diz a letra, certamente escrita assim pelo letrista Rui Barata, exatamente como dizem as pessoas em Belém.. A cantora Fafá de Belém, equivocadamente, gravou 'fostes'. Uma pena! 'Fostes' serve para vós: 'vós fostes'.
O que se ouve em Belém - 'foste', 'fizeste', 'queres' - não é comum em qualquer região do país. Em boa parte do Brasil, é frequente o emprego do pronome 'tu' com o verbo conjugado na terceira pessoa: 'Tu fez?', 'Tu sempre faz isso?', 'Por que tu não estuda?', 'Tu comprou o remédio?'. Para a gramática normativa, isso está errado. Se o pronome é 'tu', o verbo deve ser conjugado na segunda pessoa do singular: 'fizeste, fazes, estudas, compraste', nas frases anteriores. Na linguagem oral, a mistura de pessoas gramaticais ('Você fez o que te pedi?' ou 'Tu falou', por exemplo) é tão comum no Brasil que é impossível não ficar surpreso quando se vai a Belém e se ouve a segunda pessoa do singular como se emprega em Portugal. Aliás , Belém tem forte e visível influência portuguesa, a começar pela bela arquitetura. Ainda segundo a gramática - e segundo o uso lusitano, vivíssimo - quando se usa 'tu', não se usa 'lhe'. E aí a roda pega, até em Belém, onde, apesar dos verbos e do sujeito na segunda pessoa, às vezes se ouve o pronome 'lhe': 'Foste lá? Eu lhe disse que devias ir'. Qual é o problema? O pronome 'lhe' se usa para 'você', 'senhor', 'senhora', 'Excelência', ou qualquer outro pronome de terceira pessoa. Na língua formal, 'tu' e 'lhe' não combinam..
Não custa repetir que todas essas observações tem como base a gramática normativa, que, na linguagem oral, ou seja, na fala, como se vê, não é aplicada integralmente em nenhum canto do Brasil. O que fazer? Nada de histeria. Nem tanto ao mar, nem tanto a terra.
Nada de imaginar que se deva exigir de todo brasileiro, na fala, o cumprimento irrestrito das normas lusitanas de uniformidade de tratamento. E nada de achar que não se deve ensinar isso nas escolas, que não se deve tocar no assunto. Afinal, a uniformidade de tratamento está nos clássicos brasileiros e portugueses, está na língua viva, oral de Portugal e de outros países de língua portuguesa.
Está até na poesia brasileira deste século. E também na música popular da Bossa Nova ('Apelo', de Baden e Vinicius, por exemplo: 'Meu amor, não va¡s embora, vê a vida como chora, vê que triste esta canção; eu te peço: não te ausentes, pois a dor que agora sentes...') a Chico Buarque ('Acho que estás te fazendo de tonta, te dei meus olhos pra tomares conta, me conta agora como hei de partir' versos de 'Eu Te Amo', música de Tom Jobim e letra de Chico Buarque).
Não custa repetir: na língua culta, formal, é desejável a uniformidade de tratamento. Quando se usa tu, usam-se os pronomes te, ti, contigo, teu.
Quando se usa você, senhor, Excelência, usam-se os pronomes o, a, lhe, seu. E também não custa pesquisar um pouco, ler os clássicos e os modernos. Ou fazer uma bela viagem a Belém e lá tomar o tacacá. E ouvir algo como 'Fizeste o trabalho?'.
Um beijo, Belém. Um forte abraço.
(Texto publicado na Revista VEJA)
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Seminário ANPROTEC 2009
Amigos,
Em breve estarei postando todo o material do Seminário ANPROTEC 2009.
Fiquem atentos!
O evento foi maravilhoso!
À organização, com poucas restrições, PARABÉNS!
Até 2010 em Campo Grande!
Em breve estarei postando todo o material do Seminário ANPROTEC 2009.
Fiquem atentos!
O evento foi maravilhoso!
À organização, com poucas restrições, PARABÉNS!
Até 2010 em Campo Grande!
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